Parabéns Carbonero!

Peñarol

São 120 Anos de garra, amor e muitos títulos.

O Club Atlético Peñarol completa 120 anos de história neste dia 28 de Setembro. Um dos maiores clubes do futebol mundial tem uma galeria imensa de títulos e possui uma torcida muito apaixonada.

Max Peixoto
max.d2.sl@gmail.com

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Eu sou um apaixonado pelo futebol sulamericano. Adepto do futebol romântico. Aquele sem "firulas", sem "dinheiro", mas com muito "huevo".

Desde quando comecei a entender futebol, sempre me interessei por clubes platinos e sua história. Entre os grande do futebol sulamericano não podemos nos esquecer do tradicionais, aqueles que já contribuíram muito para o futebol da América do Sul.

Nesta semana um dos grandes protagonistas do futebol da nossa América esta em festa. É o glorioso Club Atlético Peñarol.

Em 1891, Mister Roland Moor, presidente da Empresa central de Caminho de ferro, decidiu criar uma instituição desportiva, destinada à prática do futebol, a que deu o nome de Central Uruguai Railway Cricket Club, o CURCC, sendo suas cores, o preto e amarelo da empresa ferro carril.

Essa é a Equipe do CURCC em 1904, antes de se chamar Peñarol.

Seria só em 1913 que, no decorrer de uma entusiasta assembléia, surge a ideia de mudar o nome do clube, de forma a ficar clara a sua gênese uruguaia. O nome eleito seria, sem contestação, o da povoação onde nascera: Peñarol.

Foto da decisão da Libertadores de 1962. Peñarol fazendo forte marcação em cima do Santos do Rei Pelé.

O time “aurinegro” completa neste dia 28 de Setembro 120 anos de fundação, e possuí uma galeria de títulos de respeito. Entre as principais conquistas, estão 5 Copas Libertadores, 3 Copas Intercontinentais e 48 campeonatos uruguaios (e muito mais).

Fotos das 5 "Copas" que o Peñarol possui.

Já no confronto contra o seu maior rival, o Nacional, o carbonero leva ampla vantagem, totalizando em 502 confrontos, 181 vitórias contra 163 da equipe tricolor.

Foto de um clássico "tenso" entre Carboneros Vs Tricolores.

O Peñarol manda seus jogos no Estádio Centenário, com capacidade para 76 mil espectadores. Seu estádio próprio, o “Acácias”, é pouco utilizado para jogos oficiais, uma vez que sua capacidade é de apenas 18 mil espectadores, insuficiente para atender a média de 30 mil espectadores por partida no Campeonato Uruguaio. Primeiramente, a idéia é construir um estádio de cerca de 80.000 lugares, ou remodelar o "Acácias" para chegar a essa capacidade. Atualmente, o Peñarol está implorando que o Ministério das Obras Públicas doe ao clube uma grande parcela de terreno público que foi selecionado para a construção do estádio e uma empresa brasileira está na disputa para construir este novo estádio, que pretende ser o mais moderno da América do Sul.

O Estádio Centenaário em dia de clássico. O Estádio serve de casa para o Peñarol

O clube possuí muitos ídolos em sua história, alguns muito conhecidos aqui no Brasil. São eles, Elias Figueroa ( Ídolo do Inter), Jair Gonçalves, ( Ídolo do Inter, conhecido como O Príncipe Jaja), Rubén Paz ( Ex- Jogador do Inter) e Pablo Forlán, pai de Diego Forlán (Ídolo no São Paulo).

Figueroa, antes de ser ídolo do Inter na década de 70, fez sucesso no time uruguaio. Ganhou 2 Campeonatos Uruguaios (1967 e 1968) e 1 Recopa dos Campeões Intercontnentais (1969).

Um dos mais lembrados até hoje aqui no Brasil é o cidadão chamado Alcides Ghiggia, o carrasco do Brasil na Copa de 1950. O autor principal do “Maracanazo”. No Peñarol, faturou o campeonato uruguaio em 1949, grande campanha do time, que terminou invicto, com 16 vitórias, 2 empates, 62 gols a favor e 17 contra. Isso fez com que seis jogadores da equipe do Peñarol compusessem a base da Seleção Uruguaia na Copa do Mundo de 1950: Roque Máspoli, Obdulio Varela, Juan Alberto Schiaffino, Óscar Míguez, Ernesto Vidal e ele. Destes, apenas Vidal não participaria da partida decisiva contra o Brasil, devido a uma lesão, cedendo lugar a Rubén Morán.

O final da história todo mundo sabe. Placar 2 x 1 e o Uruguai Campeão Mundial em pleno Maracanã abarrotado de gente, mais de 200 mil pessoas.

Ghiggia marca o segundo gol uruguaio sobre Barbosa, e cria a mística do Maracazo.

Jogador recebendo uma camisa em sua homenagem do Carbonero.

Após anos sem figurar no cenário Internacional, o clube voltou este ano a figurar entre os grandes da América do Sul, chegando a grande decisão da “copa” contra o Santos. Em 2009 o clube “aurinegro” foi eleito o melhor time da América do Sul no século XX pela IFFHS, levando o Peñarol a jogar a Copa Santiago Bernabeu, em partida única em 2010 contra o melhor da Europa do século XX, segundo a mesma instituição, o Real Madrid. A partida terminou 2 x 0 para a equipe merengue.

Confronto reuniu o melhor time da América do Sul contra o melhor time da Europa, segundo a IFFHS.

Apesar de muitos títulos, a maior conquista do Peñarol é a sua torcida. Os “manyas” ou “carboneros” como são chamados seus torcedores, são a alma do clube.

Em 2011, em partida válida pela Copa Libertadores da América contra o Independiente, a torcida do Peñarol apresentou no Estádio Centenário em Montevidéo, uma bandeira de 15 mil metros quadrados, considerada pelos seus promotores como a maior do mundo. O bandeirão tem 309 metros de comprimento e 45,8 de largura e ocupou mais de um terço do histórico estádio, que tem capacidade para mais de 60 mil espectadores. Os torcedores investiram 400 litros de tinta e cerca de US$ 35 mil (R$ 55 mil) para fazer a bandeira, que pesa 1.800 quilos. De acordo com os torcedores, a bandeira foi paga com doações importantes de dinheiro da torcida, venda de rifas, realização de festas com venda de camisetas de astros do clube e de alguns artigos, como bandeirinhas, chaveiros, e até perucas com as cores do time. Confira como foi a estréia da bandeira:

Chega o bandeirão (em um caminhão). Um exército de torcedores se encarregam de leva-lá para dentro do Centenário.

Já na arquibancada, os torcedores organizam a bandeira na posição ideal para abri-lá.

Polícia fazendo a famosa revista para ver se não há algo ilegal dentro da bandeira.

Enfim, aberta. O tamanho impressiona.

A bandeira traz um desenho de um trem, que representa o fundador do Clube, que era presidente da Empresa do Caminho Férril, a data de fundação do clube, taças conquistadas, brasão do equipe e a frase: "Serás eterno como el tiempo y florecerás em cada primavera”.

Essa é a homenagem de um brasileiro com sangue uruguaio, à uma das equipes mais copeiras deste mundo da bola.

Clube grande, de tradição e com uma torcida apaixonada. Esse é o CLUB ATLÉTICO PEÑAROL. Parabéns CARBONERO!

Clique aqui, e confira o post sobre os festejos que o Peñarol está preparando!